quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MAIOR REMOÇÃO DE REPRESA NO MUNDO: libertando o Rio!

O trabalho da remoção da represa do Rio Elwha no estado de Washington nos EUA foi completado. Agora o Rio Elwa está livre para seguir o seu curso.

Desde de 2013 a represa fornecia eletricidade mas impedia o salmão de subir o rio:

_ Nada mais doloroso do que ver os salmões do que ver os salmões batendo na parede da empresa, disse Sally Jewell, Secretária do Interior.

 O trabalho foi iniciado em 2011 e exigiu anos de negociação entre a tribo Klallam, a cidade de Port Angeles e o Serviço do Parque Nacional entre outros. 

Agora o salmão e outros peixes estão voltando em números surpreendentes. 

"Esta é uma mensagem de Esperança e Inspiração, colocando de volta as coisas da maneira como elas deveriam ser".  

Huffington Post , 21/10, Newsweek, 
Fotos:  Kevin Casy (Reuters) ; Matt Stoecker 


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A SEMANA EM QUE O MUNDO ACORDOU

Domingo, 21 de setembro de 2014. Um exército de pessoas foi às ruas para realizar a marcha mais importante da história da humanidade,  em defesa da natureza e da Vida . Milhares pessoas marcharam pelas ruas do planeta para combater as mudanças climáticas. Em Nova York, foram mais de 310.000 pessoas. Paris, Berlin, Londres e Bogotá estão entre as cidades que participaram do movimento atingindo mais de 675.000 pessoas no mundo.

Personalidades, como  secretário geral da ONU Ban Ki Moon, o ator Leonardo di Caprio e Al Gore fizeram questão de estar presente à marcha de Nova York

Terça-feira dia 23 de setembro, Nova York, aconteceu a Reunião do Clima.    A reunião  da ONU teve como objetivo mobilizar 120 representantes dos governos para ação no combate às mudanças climáticas.  Leonardo di Caprio, mensageiro da ONU da paz faz um discurso poderoso onde pede a atenção da comunidade internacional para o problema: “Não é uma questão de política, é uma questão de sobrevivência”.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PNUMA  anunciou a iniciativa  Parceria para Utensílios e Equipamentos Eficientes com objetivo alcançar uma energia mais limpa numa escala global. A transição para aparelhos eficientes reduzirá o consumo de eletricidade global em 10% e economizaria 350 bilhões de dólares nas contas de luz, com uma redução de 1.25 toneladas de CO2 por ano.

Um grupo de investidores institucionais, incluindo dois dos maiores gestores de ativos e fundos de pensão na Europa, o sueco AP4 e o europeu Amundi e CDP uniram forças com o PNUMA e a IF Iniciativa Financeira e anunciaram a redução da pegada ecológica de 100 bilhões de investimentos institucionais no mundo, fazendo a transição para as companhias que valorizam a eficiência em carbono.

Líderes mundiais anunciaram novas promessas de restaurar 30 milhões de hectares de terras de floresta degradadas durante Reunião do Clima. O compromisso vem da Etiópia, República Democrática do Congo, Guatemala e Uganda entre outros. A intenção é contribuir para o Desfio de Bonn, Bonn Chalenge – um objetivo global de restaurar 150 milhões de hectares de terras degradadas e desflorestadas até 2020.


Nesta mesma terça-feira,  o poderoso banco americano Bank of America anuncia a Iniciativa Financeira Catalizadora pensada para estimular  10 bilhões de dólares em novos em projetos de energia limpa de alto impacto. O objetivo é acelerar os investimentos em Energia Limpa e reduzir as emissões de carbono.

Quarta-feira, 24 de setembro.– O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) assinaram memorando de entendimento para garantir maior apoio aos serviços essenciais fornecidos pelos ecossistemas para a segurança alimentar no mundo. A conservação dos ecossistemas é fundamental para garantir as condições ideiais para a produção de alimentos e o fornecimento de água, entre outros serviços.

Outras anúncios acontecem nesta mesma semana. O executivo da Apple, Tim Cook afirmou que o Campus 2 da Apple em construção poderá ser o “edifício mais verde do planeta”, com 100% de instalações com energia renovável e um enorme sistema de energia solar. O edifício usará apenas ventilação natural e não usará ar condicionado ou aquecedores em 75% do ano. O edifício terá 80% da sua área como paisagismo e será cercado por 7.000 árvores!

Seguindo a tendência, o Facebook revelou seus planos de colocar no ar uma frota de “aviões movidos a energia solar” do tamanho dos 747 para fazer a conexão de internet.

E o Brasil, será que vai continuar deitado em "berço esplêndido"?

Fonte: Avaaz, Inhabitat, UNEP. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Por que preservar as baleias?

Vários emails são enviados para a preservação das baleias, mas na verdade sabemos pouco sobre elas. Afinal, qual é o seu papel na vida marinha? É isto o que os cientistas estão pesquisando e obtém novas revelações.

Por exemplo,  mais baleias nos oceanos podem significar um oceano saudável e mais quantidade de peixe, de acordo com um estudo revisado, publicado este mês na revista Frontiers,  Ecology and Enviroment, Ecologia e  Meio Ambiente.

Joel Romano,  principal autor do estudo e biólogo da Universidade de Vermont em Burlington comenta que  "quando os estudos oceanográficos foram iniciados, as grandes baleias eram praticamente inexistentes no ecosistema".

As grandes baleias foram muito caçadas até a década de 1970. Nessa altura um valor estimado 66-90%  dos animais foram removidos das águas do oceano. Desde então,  tem havido uma recuperação lenta do número das grandes baleias. Há agora mais de um milhão de cachalotes (a baleia de Moby Dick) e dezenas de milhares de baleias cinzentas.

As baleias-azuis no entanto, maior animal já conhecido por ter vivido no planeta, têm recuperação ainda mais lenta. Na verdade, representam  1% cento na sua escala histórica no hemisfério sul. Romano diz que os cientistas acreditam que a sua ausência pode ter alterado o ecosistema de uma forma que tornou mais difícil para toda a vida para sobreviver. (Assista a um vídeo de baleias azuis.)

Os cientistas relatam que quando as baleias se alimentam, muitas vezes em grandes profundidades, e em seguida voltam à superfície para respirar, elas agitam a  coluna de água. Isso faz com que os nutrientes e microorganismos se espalhem através de diferentes zonas marinhas, o que pode significar alimentos para outras criaturas.Além disso,  os materiais na urina e excrementos de baleias, principalmente ferro e nitrogênio, servem como fertilizantes eficazes para plâncton.

Muitas grandes baleias migram longas distâncias para acasalar, período em que trazem os nutrientes com elas. Quando se reproduzem em latitudes distantes fazem contribuições de nutrientes importantes para a água que muitas vezes é pobre em recursos. Até suas placentas podem ser fontes ricas de matérias-primas para outros organismos, diz Romano, que chama de "esteira transportadora" de nutrientes em todo o oceano migração das baleias.

A morte de baleias pode ser útil também. Quando um dos enormes mamíferos morre, seu corpo se deposita no fundo do mar, onde  nutre ecosistemas únicos de animais que se alimentam de carniças,  como caranguejos e vermes. Dezenas dessas espécies necrófagas não são encontradas em nenhum outro lugar, diz Romano.

"Porque [os seres humanos] eliminaram tantas baleias, havia provavelmente extinções no fundo do mar antes de sabermos que uma determinada espécie existiu", diz Romano.


Pescadores vs Baleias

Durante décadas,  alguns pescadores comerciais têm-se queixado de que as baleias comem os peixes que eles estão tentando pegar. O governo do Japão tem sido particularmente vocal, indo tão longe a ponto de dizer que a caça às baleias é necessária porque "as baleias estão ameaçando as nossas pescarias."

Masayuki Komatsu, um dos negociadores da Baleeira Internacional do Japão, disse à Australian Broadcasting Corporation, em 2001, que "há muitas" baleias minke, chamando-os de "a barata do oceano." O cientista Romano discorda.

"É muito mais complicado do que isso".  "Nossa nova revisão aponta para vários estudos que mostram que temos mais peixes em um ecosistema por ter esses grandes predadores lá."

O próximo passo, diz ele, é a realização de mais estudos de campo sobre esses processos. Isso poderia ajudar os cientistas a entender melhor exatamente como o plâncton e outros organismos respondem à presença de baleias.

Brian Clark Howard


quarta-feira, 21 de maio de 2014

As 10 Grandes Empresas que contribuem para as Mudanças Climáticas

Por que me preocupo com as mudanças climáticas? Porque as "10 Grandes" não estão fazendo o que deveriam.

As "Big 10" do ramo de  Alimentação e Bebida são também as maiores responsáveis pelas mudanças climáticas.  São 10 empresas que emitem uma enorme quantidade de gases de efeito estufa e pouco estão fazendo para melhorar isso.



Quem são? 

Associação Britânica de Alimentos
Coca-Cola
Danone
General Mills
Kellog
Mars
Mondelez International
Nestlé
Pepsico
Unilever

De acordo com a Oxfam que reúne dezessete organizações no combate à pobreza, estas empresas têm capacidade de cortar as suas emissões de carbono em até 80 milhões de toneladas até 2020. Isto seria equivalente a tirar  das ruas todos os carros (que também emitem gases de efeito estufa) de Los Angeles, Pequim, Londres e Nova York.


As 10 Grandes  emitem juntas 263,7 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (socorro!),  mais do que a Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega combinadas. As emissões de suas operações são responsáveis ​​por 29,8 milhões de toneladas. Das suas emissões totais, cerca de metade vem da produção de materiais agrícolas de suas cadeias de fornecimento.  A Oxfam acha que as empresas são particularmente negligente  com estas emissões agrícolas.
Segundo Sally Coppley, da Oxfam,  ao não reduzir as emissões de forma adequada o as 10 Grandes estão colocando os lucros de curto prazo à frente dos interesses de longo prazo de todos nós. A sua influência e riqueza são os ingredientes perfeitos para parar de colocar suas empresas em risco e tornar pior o problema  das mudanças climáticas.

Oxfam diz que a agricultura e as florestas são responsáveis por 25% das emissões globais dos gases de efeito estufa e que essas emissões estão crescendo devido à demanda por alimentos. Especialistas dizem que para o mundo se manter dentro do limite de aumento de temperatura "seguro" até 2Co  até 2050, as emissões globais líquidas do setor de alimentos precisa cair para zero. No entanto, as tendências de emissões estão indo na direção oposta.

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As duas piores , segundo Oxfam, são a  Kellogg  (dos sucrilhos) e a General Mills (dos sorvetes Haggen Das)  como as duas piores empresas na questão clima e cobrando a sua liderança no sentido de políticas e práticas responsáveis.

Apesar de algumas iniciativas positivas,


  • Nenhuma das “Big 10”, ou “10 Grandes” exige que seus fornecedores fixem metas de reduções de emissões.
  •   As metas fixadas pelas  'Big 10'  para reduzir as emissões de suas não são baseadas em estudos científicos e não refletem uma real contribuição para o problema. 
  •    Várias das empresas 'das  Big 10' comprometeram-se a prazos ambiciosos para acabar com o desmatamento em suas cadeias de suprimento para o óleo de palma , mas apenas a Mars e Nestlé estendem  essas políticas às outras commodities que são responsáveis pelo  desmatamento e mudanças no uso da terra. 

  •   Uma empresa da Indonésia que vende óleo de palma para a Cargill , fornecedora de Kellogg e General Mills e outros gigantes do setor de alimentos, está supostamente envolvida na queima de áreas florestais para a produção de óleo de palma e contribuindo para um incêndio florestal em massa que só criou as emissões de gases de efeito estufa equivalente a a emissão anual de 10,3 milhões de carros.


·      Unilever, Coca -Cola e Mars sendo exceções, as outras as empresas não estão fazendo o suficiente para incitar publicamente o governo e outras empresas a fazer mais para combater a mudança do clima, inclusive desafiando posições prejudiciais ou inadequadas de associações comerciais que as representam.

" A indústria de alimentos tem um imperativo moral e uma responsabilidade empresarial para intensificar dramaticamente os seus esforços para combater as alterações climáticas ", disse Byanyima . "As empresas ' Big 10' não estão a usar o seu poder de forma responsável e vamos todos sofrer as conseqüências. Kellogg e General Mills , em particular, não estão fazendo a sua parte. Estas empresas deveriam estar liderando a luta para combater as mudanças do clima. Chegou a hora de parar de andar de lado. 

Quem tem poder, tem que se mexer!

Nota da Oxfam aos Editores 
A Pepsico  do Reino Unido comprometeu-se a reduzir as emissões de sua cadeia de suprimentos agrícolas em 50% em 5 anos. Se este compromisso foram replicado em toda as Big 10, as suas emissões cairiam cerca de 80 milhões de toneladas em relação aos negócios atuais. A conferir. 

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