sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ALERTA DA ONU – Emissão de gases, "tragédida para humanidade".

Hoje , 4 de novembro de 2016 entra em vigor o Acordo de Paris sobre as mudanças climaticas. Neste momento, a ONU pede urgência ao mundo para “dramaticamente” colocar seus esforços para cortar as emissões de gases de efeito estufa em mais 25% do que foi acordado no ano passado. O objetivo é parar o aquecimento global em 1.5 graus Celsius de elevação de temperatura.
De acordo com os cientistas, a meta de redução da meta do aumento de temperatura para 1.5o C, considerando os níveis de temperatura pré-industriais, é mais segura. Ela pode diminuir ainda mais os impactos causados pelas tempestades, secas, elevação do mar e outros eventos devestadores relacionados com o clima. 
O Programa das Nações Unidas PNUMA para o ambiente anunciou ontem 3/11 em Londres que o relatório Emissions Gap mostra que as emissões de gases vão alcançar entre 54 a 56 gigatones em 2030 e o nível de tolerância para o aquecimento global para não ultrapassar os 2o C é 42 gigatones.

Erik Solheim, Diretor Executivo do PNUMA disse que o Acordo de Paris e outros acordos recentes não são suficientes. “Se não tomarmos medidas adicionais agora, começando com a próxima reunião do clima em Marrakesh, nós choraremos sobre a tragédia da humanidade que poderia ser evitada. O número crescente de refugiados atingidos pela fome, pobreza, doença e conflito será uma lembrança constante da nossa fracasso.”
No relatório ele diz: “Nada disso será resultado do mau tempo. Será resultado de más escolhas dos governos, do setor privado e de cada cidadão. Porque há escolhas [...] A ciência mostra que precisamos nos mover muito mais rápido”.
Em 2013, Rajendra Pachauri que era chefe do Painel de Mudanças Climáticas da ONU disse “Nos temos cinco minutos para meia noite”, argumentando que os governos tinham evitado historicamente a responsabilidade pelo aquecimento global. Três anos depois e com as emissões em níveis alarmantes fica a pergunta: Quantos minutos faltam agora?

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Fonte: UN News, Climate Home. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

FIM DO REINADO DO CARVÃO.


“Foi uma longa jornada, mas agora seu reinado acabou”, segundo publicação de Think Progress.

As energias renováveis ultrapassaram o carvão para se tornar a maior fonte de capacidade elétrica do mundo, de acordo com comunicado da International Energy Agency (IEA), Agência Internacional de Energia (25/10). 

As energias renováveis são a única maneira de controlar o aquecimento global e as mudanças climáticas porque vem de fontes renováveis como o vento e o sol que não emitem gases do efeito estufa.

O acordo de Paris reconheceu a necessidade de se combater efetivamente as mudanças climáticas e a queda no preço das energias renováveis têm contribuído para a sua crescente implementação.

O ano de 2015  marcou o ponto de mudança para as renováveis. Cerca de meio milhão de painéis solares foram instalados todos os dias pelo mundo. A China foi responsável pelo crescimento de 40% da capacidade das energias renováveis: duas turbinas eólicas foram instaladas a cada dia em 2015. Foi ano excepcional, mas é necessário que os investimentos continuem e que os custos de financiamento sejam acessíveis nos países em desenvolvimento.

Para os próximos 5 anos, a Agência Internacional de Energia prevê duas regiões com rápido crescimento das renováveis. A Ásia vai liderar o crescimento de renováveis, mas isto só cobrirá uma parte da demanda por energia elétrica. Em compensação, na União Européia, no Japão e nos Estados Unidos, a  geração adicional de renováveis ultrapassará o crescimento de demanda de eletricidade entre 2015 e 2021.

Fonte: IEA, Think Progress

Imagem ESI – AFRICA

terça-feira, 10 de maio de 2016

COWSPIRACY - o que adianta economizar água se você consome carne?

Produzido por Leonardo di Caprio, este é o mais honesto e atual  filme sobre o problema do aquecimento global e das mudanças drásticas do clima.

“Cowspiracy” é um trocadilho da palavra “cow”, do inglês “vaca” com “conspiracy”, conspiração.  Seria então a Conspiração da Vaca, ou  melhor sobre a criação do gado e animais em geral.

A produção e o consumo de carne são OS MAIORES responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, com consequências desastrosas para os seres humanos e  para a nossa sobrevivência no planeta. A atividade está associada com o desmatamento para a criação e cultivo de grãos para ração, manutenção do gado vivo, processamento e transporte dos produtos.

Segundo relatório da ONU e da FAO, Organização Alimentação e Agricultura,  o setor de criação de animais (gado, búfalos, carneiros, cabras, camelos, cavalos, porcos e galinhas)  é o que emite gases nocivas num total de 18% das emissões globais, enquanto  todo o setor de transporte emite apenas 13%. Mas por que tanta gente ignora isso?  O filme mostra que há uma “conspiração” para não divulgar este problema e que várias instituições que defendem o ambiente preferem ignorar o assunto pois afeta os interesses de vários grupos. 

Segundo uma publicação de 2009 do World Watch Institute, a criação de animais para consumo humano emite pelo menos 32, 564  milhões de toneladas de CO2 por ano ou 51% do total dos Gases de Efeito Estufa. O estudo é bastante detalhado e lógico na sua análise.  Os analistas mostram que a FAO não considerou as emissões de gases do efeito estufa provocadas pela respiração dos animais. A FAO considerou apenas as emissões envolvidas no desmatamento para a criação do gado e o plantio de alimento para o gado, na manutenção do gado e no processamento e transporte dos produtos finais.

Atualmente, a criação de gado emite dezenas de bilhões de CO2 e a capacidade da Terra de absorver este carbono tem declinado por causa do desmatamento das florestas. O gado emite gás metano que é de 25 a 100 vezes mais destrutivo do que o gás carbônico emitido pelos veículos.

A agricultura animal  é a principal causa da utilização dos recursos naturais e da degradação que destrói o planeta.  Ocupa 45% da terra do planeta, é responsável por 91% da destruição da Floresta Amazônica, pela extinção das espécies e ainda produzem muitos resíduos.

A atividade consome 130 trilhões de litros de água, apenas nos Estados Unidos. Isto acontece porque os animais são alimentados com grãos que produzidos com muita água. No Brasil, mais da metade de tudo que é cultivado destina-se à ração animal e produtores não pagam pelo consumo da água! Em termos mundiais, a atividade consome 1/3 da água do planeta.


Para produzir  100 gramas de carne para um hambúrguer, são necessários 2.500 litros de água. Então o que adianta você fechar a torneira enquanto escova os dentes se um hambúrguer consome um absurdo de água?

Se a criação de gado terminasse, as florestas reapareceriam e sua capacidade de absorção de carbono aumentaria expressivamente,  o que seria muito eficiente para diminuir o aquecimento global. Além disso, uma redução significante na criação de gado reduziria rapidamente os gases de efeito estufa em comparação com energias renováveis ou eficiência energética.  

Outra possibilidade seria em vez de criar gado, usar a terra para a agricultura que seria convertida diretamente em cultivo de alimentos ou biocombustíveis. Estes combustíveis seriam capazes de substituir metade do carvão usado no mundo e que é responsável por 3.340 milhões de toneladas de CO2.

Organizações que incentivam a economia de água, não falam nada sobre a criação de gado nos seus websites. Na verdade, são poucas  as instituições que defendem o ambiente e falam do problema:  

Stockolm Resilience Centre
World Watch Institute
IPCC
Convention on Biological Diversity 
Global Footprint Network

O que devemos parar de produzir e consumir em demasia?

Carne e produtos da agricultura animal ou psicultura. 

Uma boa idéia é comprar dos pequenos produtores orgâicos e pescar nosso próprio peixe! 

Fonte: Cowspiracy (filme), Livestock & Climate Change, Hong Kong Free Press,


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