domingo, 24 de maio de 2009

Muito além do aquecimento global


Um recente estudo sobre como a Camada de Gelo do Oeste da Antártida responderia ao aquecimento global revelou que a sua desintegração alteraria o foco do campo gravitacional terrestre. O efeito seria a elevação desproporcional do nível do mar no continente da América do Norte. Algumas cidades como Nova York, São Francisco e Washington DC sofreriam inundações catastróficas.

O “gigante adormecido”, como é conhecida a Camada de Gelo do Oeste da Antártida, uma das maiores do mundo, é a única com uma configuração instável e capaz de provocar estas conseqüências . Com menos massa no Pólo Sul e mais água nos oceanos, o campo de gravidade da Terra ficaria enfranquecido no hemisfério sul e fortalecido no hemisfério norte, causando um maior volume de águas nos oceanos ao norte.

Em compensação, os cientistas também estimaram que a média global do nível do mar não se elevaria tanto como foi previsto, devido ao derretimento do gelo nos oceanos. Isto acontece porque partes da camada de gelo estão mais firmes do que se imaginava e não escorregariam para o mar, mesmo num mundo mais aquecido pelas emissões dos gases de efeito estufa.

O Professor Jonathan Bamber da Universidade de Bristol explica que a redistribuição de massa afetaria a rotação da Terra, o que causaria o aumento de volume de água ao longo do continente norte-americano e no Oceano Índico.

Estas conclusões nos remetem a analisar o problema ambiental numa dimensão que ultrapassa os limites da geografia da Terra e nos coloca no espaço cósmico, muito mais difícil de controlar.

Em 2011, a Agência Espacial Européia e a NASA estarão lançando o enorme LISA, Antena Espacial Interferométrica Laser, Laser Interferometer Spacial Antena, um passo mais audacioso na tentativa não só de conhecer o Universo e as suas origens, mas também de controlar o espaço além da Terra.

Fonte: Independent (15/5), Nasa website.

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