segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um Espaço Seguro Para a Humanidade Operar


Este é o título do estudo publicado pela Nature, 24/09/09. Segundo Johan Rockström que participou do estudo, identificar e quantificar as fronteiras planetárias que não devem ser transgredidas pode ajudar a prevenir o impacto ambiental inaceitável provocado pela ação antrópica.

Nove processos necessitam de definição das fronteiras planetárias:
1. Mudanças climáticas
2. Taxa de perda de biodiversidade terrestre e marinha
3. Interferência nos ciclos de nitrogênio e fósforo
4. Diminuição da camada de ozônio na estratosfera
5. Acidificação do oceano
6. Consumo global de água
7. Alteração no uso da terra
8. Poluição Química
9. Descarga de aerossóis na atmosfera

De acordo com a imagem gráfica, o verde representa o espaço seguro de operação para os 9 sistemas planetários. As fatias vermelhas representam a estimativa para cada variável no momento. As fronteiras dos limites nos 3 sistemas (taxa de biodiversidade, mudança climática e interferência humana no ciclo de nitrogênio) já fora excedidas.

A Terra sempre passou por períodos de significante mudança ambiental, mas o planeta apresenta estabilidade inusitada nos últimos 10.000 anos. Esta estabilidade pode estar agora ameaçada desde que começou a Revolução Industrial, quando as atividades humanas se tornaram o maior propulsor das mudanças climáticas.

O estudo Safe operating space for humanity propõe “fronteiras planetárias”. Estas fronteiras ou limites planetários definem um “espaço seguro de operação” respeitando os processos e subsistemas do planeta. Um ponto relevante do estudo é de que os complexos sistemas da Terra às vezes respondem de forma abrupta e são particularmente sensíveis aos níveis de determinadas variáveis, como por exemplo, o sistema de monções. Neste caso, o sistema pode mudar para um outro estado, com conseqüências negativas e desastrosas para a humanidade, se o limite do nível for ultrapassado.

Fonte: Nature. Para ver a imagem maior, clique na imagem no link da revista.
http://www.nature.com/nature/journal/v461/n7263/full/461472a.html

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