sábado, 13 de outubro de 2018

ALERTA ONU : 12 anos para evitar uma catástrofe

No mesmo dia 8/10  que o Brasil comemorava a renovação do Congresso e o banimento de muitos políticos corruptos da vida pública brasileira, o Jornal The Guardian enviou uma carta de alerta para os seus assinantes e publicou a matéria no jornal:

 “Temos 12 anos para limitar uma catástrofe ambiental, como advertiu  o atual Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês). Os cientistas declaram que o aquecimento global não deve exceder 1.5o C, e que mudanças urgentes são necessárias para reduzir o risco de calor extremo, seca, inundações e pobreza".

O relatório é sensato e dramático ao afirmar que não estamos nem perto de onde estaremos para alcançar as metas para limitar o aquecimento a 1.5o C. Precisamos cortar as emissões globais em cerca de 45% até 2030, em comparação com os níveis de 2010.

O Jornal chama atenção a posição dos Estados Unidos de ter saído do acordo de Paris e para suposta ameaça do candidato Jair Bolsonaro de usar a Amazônia para agronegócio. Será possível? Acreditamos que não, após este novo relatório do IPCC. 

Para Debra Roberts do The Guardian, é o maior toque de clarim da comunidade científica para  mobilizar  as pessoas e cortar o clima de acomodação. 

 Jim Skea, co-presidente do grupo de trabalho sobre mitigação, acrescentou que pode ser feita dentro das leis da física e da química. Só falta vontade política. Os cientistas não podem responder por isso e cabe aos governos receber o alerta.

O IPCC alerta que mudanças URGENTES e nunca antes tomadas são necessárias para  manter o aquecimento abaixo de 1.5o C. Essa meta é capaz de prevenir a erradicação dos corais e de diminuir a pressão sobre o Ártico. O relatório foi publicado com a aprovação de 195 países em reunião no Sul da Coreia.

A Economist, tradicional revista de negócios conhecida pelo seu pragmatismo ressalta  “em estudo após estudo, página após página, fato após fato, a evidência para mudança climática antropogênica (feita pelo homem) há muito tempo clara, é mais difícil do que nunca ser ignorada.

A revista Forbes dá para a notícia o título Relatório do IPCC Revela Necessidade Urgente para CEOS tomarem iniciativa sobre o Clima. Ação sem precedente tem que ser tomada pelo público e pelo setor privado para transformar a nossa energia, o sistema de transporte e outros sistemas no mundo.

Os negócios tem um papel essencial em construir a ação política para ação, o que pode ser o maior desafio de todos. Além do mais, os investidores e os acionistas querem – e esperam-  liderança no clima, incluindo política de advocacia.

Uma nova pesquisa do Grupo Shelton revela que 86% dos  consumidores acreditam que as companhias devem se posicionar sobre questões sociais e causas ambientais. 

A organização Inside Climate News, Por Dentro das Notícias do Clima explica que  segundo o relatório das Nações Unidas “para manter o aquecimento global sob controle, o mundo terá que investir, em média, cerca de US $ 3 trilhões por ano nas próximas três décadas para transformar seus sistemas de fornecimento de energia. Atualmente o investimento em energia limpa é cerca de 250 bilhões. O investimento em energia vai acontecer de qualquer maneira, mas em vez de combustíveis fósseis teria que ser feito em energias renováveis". 

Segundo o relatório do IPCC o planeta já aqueceu 1o e está ganhando 0.2o a cada década. Se atingirmos dois 2o de aquecimento, os impactos do alto grau de aquecimento seria equivalente à emergência nacional, mas em escala global.

A situação é tão grave que para evitar o aumento além 1,5o será necessário remover o CO2 da atmosfera e estocá-lo, sendo a melhor opção fazer isso em novas práticas agrícolas e no solo.

A notícia foi publicada  nos 4 continentes (exceto Antártida) e há o reconhecimento de que tem havido projetos encorajadores até o momento,  mas MUITO MAIS PRECISA SER FEITO.

Agora só temos 8 anos! 31/05/22



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