segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Novo Relatório sobre Impactos da Redução do Desmatamento

A solução do problema ambiental mostra mais uma das suas complexidades.
O novo relatório do Programa das Nações Unidas Para o Meio-Ambiente “Mapeando os Impactos de Mudanças Climáticas e Biodiversidade da Redução das Emissões Desmatamento e Degradação Florestal” REED publicado hoje (14/12) enfatiza os benefícios, mas também os desafios da implementação da REDD, a partir do possível Acordo Climático em Copenhagen.

O acordo para custear a redução das emissões causadas só será benéfico do ponto de vista ambiental e econômico, se os investimentos visarem simultâneamente as regiões que sejam tão ricas em carbono quanto em biodiversidade. A medida pode significar riscos para países como o Brasil e a África do Sul.

A REED pode deslocar cultivos já existentes e intensificar a agricultura. O relatório fornece a primeira análise baseada no mapa da distribuição do carbono e da biodiversidade. A questão é saber escolher onde implementar a medida visando maximizar os benefícios e minimizar os desafios que o acordo pode gerar.

Por exemplo, se o objetivo é conservar altas quantidades de carbono e ao mesmo tempo conservar espécies endêmicas – que são próprias apenas daquele lugar – então a ilha de Nova Guiné seria uma das prioridades.

O relatório assinala as áreas que têm alto valor de conservação, mas que são pobres em carbono e que podem estar sob maior ameaça, se o acordo para Redução de Emissões pelo Desmatamento e Degradação Florestal for implementado. O estudo identificou áreas em que o fundo de carbono não resolveria o problema, mas poderia prover financiamento significativo para iniciativas de biodiversidade.

Finalmente, o estudo mostra áreas em de alto valor de conservação em termos de biodiversidade, mas menos ricas em carbono e que desta forma estariam mais ameaçadas com a implementação da REDD, incluindo o Cerrado Brasileiro ou as savanas da África Leste.

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