sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um Seguro para o Planeta


As seguradoras sempre estiveram na vanguarda de entender e administrar o risco, sinalizando para sociedade possíveis danos e perdas que poderiam atingi-la. Agora o risco é global e se origina de questões ambientais, sociais e de governança.
A degradação do Lago Chad na África é uma prova do que as mudanças climáticas podem fazer com a vida de 30 milhões de pessoas. O lago que banha quatro países africanos – Chade, Camarões, Niger e Nigéria encolheu em 90% a sua extensão nos últimos 40 anos. Toda a população que vive na região está sofrendo enormemente com a seca e a deterioração das suas capacidades de produção agrícola. Todas as atividades sócio-econômicos são afetadas pelo problema. Como evitar o prejuízo? Há uma maneira de se fazer um seguro contra as mudanças climáticas?

O primeiro relatório que aborda esta questão foi lançado nesta quinta-feira (22/10) , intitulado “O Estado Global do Seguro Sustentável Entendendo e integrando fatores ambientais, sociais e de governança em seguro”. O estudo traz o resultado da pesquisa conduzida pelo grupo de trabalho de seguros do PNUMA Iniciativa Financeira, UNEP Finance Initiative.
As seguradoras sinalizam riscos que vão desde mudanças climáticas, perda de biodiversidade, degradação dos ecossistemas e escassez da água até pobreza, problemas de saúde causados pelo ser humano, envelhecimento das populações, trabalho infantil e corrupção.

O relatório se preocupa em entender melhor os impactos ambientais, sociais e de governança no negócio das seguradoras e do desenvolvimento sustentável. Um dos pontos principais é que para enfrentar os impactos ambientais, sociais e de governança é preciso uma ação coletiva da indústria de seguros nos três níveis: nacional, regional e global.
Segundo Achim Steiner, diretor do PNUMA, Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, o relatório atesta que “o papel das seguradoras no desenvolvimento sustentável não é uma questão de escolha, mas a única opção possível”.

A sobrevivência da nossa espécie está em risco!

Fonte: UNEP, FAO.

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