sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Agrocarburantes e ração para gado fazem pressão sobre a nossa floresta.


A Organização Amigos da Terra, Friends of the Earth (FoE) divulgou hoje (28/11) um estudo que denuncia a pressão dos agrocarburantes estão fazendo sobre terras virgens. A maior parte da matéria prima (67%) para a indústria européia de agrocarburantes e para alimentar o gado, principalmente porcos, vem das terras fora do continente.

A organização alerta que a opção pelos agrocarburantes para cumprir com o compromisso europeu de atingir 20% das energias renováveis até 2020 é um equívoco. Esta opção agravaria as pressões sobre as florestas da Amazônia, a insegurança alimentar e os conflitos sociais. O Brasil é o maior exportador de soja para a União Européia, com 9 milhões e 820 mil toneladas.

A cultura da soja é um dos fatores que contribui para o desflorestamento e a organização assinala o comportamento contraditório dos países que se dizem líderes da ação contra o aquecimento global. O desflorestamento é responsável por 18% dos gases do efeito estufa.

O Brasil é o décimo segundo produtor mundial de soja e segundo especialistas 16% da floresta amazônica já foi convertida para a soja. O estudo também ressalta o problema da semente geneticamente modificada da soja e resistente aos herbicidas, provocando o uso de produtos químicos que causam a poluição dos cursos d’água.

Com relação aos agrocarburantes o Brasil fornece 98% do biodiesel da União Européia, produzido a partir da cana de açúcar que é consumido principalmente na Suécia, Países Baixos e Reino Unido.

Fonte: Friends of the Earth
http://www.foeeurope.org/agrofuels/FFE/Profundo%20report%20final.pdf

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Taxa de Acidez nos Oceanos é Maior do que se Imaginava

Um projeto de oito anos realizado pela Universidade de Chicago na ilha de Tatoosh nos EUA revelou que o nível de acidez marítima aumentou dez vezes a mais do que o previsto por modelos de computadores.Os modelos imaginados estudam o elo entre as concentrações atmosféricas de CO2 e a acidez dos oceanos.

Cerca de um terço das emissões de CO2 produzidas pelo ser humano são dissolvidas nos oceanos. Ao se dissolver no mar, o gás carbônico forma o ácido carbônico que baixa o nível da alcalinidade e o do pH do oceano. A alcalinidade mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos e preservar as atividades biológicas da água do mar. O pH mede a intensidade do nível de alcalinidade dentro de uma escala que parte do nível básico de alcalinidade até o extremo ácido.

O Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC) já havia previsto que barreiras de corais desapareceriam até o final do século em função do aumento das temperaturas e da acidez dos oceanos. Este novo estudo sugere que a taxa de acidificação do oceano está ocorrendo de forma ainda mais acelerada do que previsto pelo Painel e há necessidade de se encontrar uma saída.

Os estudos mostram que o pH tem declinado rapidamente e que a variação do pH através do tempo estava associada ao aumento do dióxido de carbono na atmosfera, deduzindo-se que a liberação de CO2 na atmosfera conduz à acidificação do oceano.

Fonte: Independent, 25/11
Postagem relacionada: Expedição Monitora a Captura do CO2 nos Mares do Sul 1/10

domingo, 23 de novembro de 2008

Notícia Ambiental sem Culpa


O jornal italiano La Repubblica se propôs a plantar 224 árvores em quatro cidades italianas: uma para cada artigo dedicado ao tema ambiental, desde julho de 2007. As árvores são de várias espécies e já levam o título de “árvores da República”.

As árvores estarão em Napóles, Parma, Bari e Bologna, sedes de algumas redações locais do jornal. A idéia é que o símbolo da árvore que ocupa as páginas do meio-ambiente se tornem realidade.

Ao contrário do que pode parecer, a tarefa exigiu um certo esforço junto às administrações locais que participaram da escolha do lugar e do tipo de árvore.
Com certeza, os redatores do meio-ambiente do jornal devem se sentir melhor saber as árvores usadas para produzir a notícia ambiental serão replantadas. Mais significativa do que a busca da compensação ambiental, é o próprio marketing que o jornal está fazendo desta necessidade ao publicar a iniciativa nas suas páginas.
Esperemos que outros jornais copiem esta e aprimorem esta idéia para imprimir sem culpa todas as suas notícias.
Elizabeth A. Ramos

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