domingo, 8 de dezembro de 2024

O que as Empresas de Petróleo fazem na COP 29?



2309 mortes por calor nos EUA em 2023

A COP 29 aconteceu em Baku, no Afeganistão entre 11 e 22 de Novembro e reuniu representantes de países, ativistas do clima , organizações não governamentais e corporações , entre elas, as empresas de petróleo.

 

De acordo com nova análise da Global Witness, Testemunha Global as emissões das empresas petrolíferas presentes na Conferência das COP 29 deverão causar 17 milhões de mortes por calor.

 

Estas empresas obtiveram lucros de 2,6 bilhões de dólares desde o Acordo de Paris – o suficiente para pagar a metade do custo dos danos climáticos nos países pobres.

 

São 104 empresas produtoras de petróleo e gás que enviaram lobistas às convenções que precederam a COP 29  em Baku.

 

As cinco principais grandes empresas petrolíferas ocidentais são Shell, BP, TotalEnergies, ExxonMobil e Chevron. Estas empresas produziram petróleo e gás suficiente desde o Acordo de Paris para causar 3,7 milhões de mortes provocadas pelo calor, de acordo com as conclusões da investigação feita pela Global Witness.

 

 

É evidente o conflito de interesses de incluir as empresas de petróleo em conferências que tem como objetivo final a eliminação dos combustíveis fósseis, petróleo e gás.

De acordo com Dominque

 

Apesar de estarem entre as empresas mais lucrativas do planeta e de serem a principal causa das mudanças climáticas, as  empresas de combustíveis fósseis não pagam pelos danos causados.  

 

Esta atitude é irracional e contraproducente pois as mudanças climáticas tem causados desastres que podem afetar a própria indústria do petróleo. Eventos climáticos extremos, como tempestades, ondas de calor, inundações e ciclones tropicais, podem danificar infraestruturas e interromper as operações.

 

O aumento do nível do mar afeta a infra-estrutura costeira que precisa de ser aumentada para conter as tempestades e a elevação do mar.

 

O descongelamento do permafrost, camada permanente de gelo, no  extremo Norte do hemisfério pode danificar as infra-estruturas de petróleo e gás.

 

Ellizabeth A. Ramos

Coordenadora Projeto PlanetAtivo
Fonte: Global Witness 

domingo, 11 de agosto de 2024

Carros elétricos emitem mais CO2 na fase de produção

 

Os números confirmam que carros elétricos poluem mais na sua fase de produção do que os veículos convencionais. 

Alguns modelos emitem mais dióxido de carbono CO2 do que um carro a gasolina. 

A empresa Ricardo de especialistas ambientais emitiu um novo relatório que contabiliza as emissões de carbono durante toda a vida útil do veículo. 

Em geral , os veículos elétricos ainda emitem menos carbono do que carros normais. 

Por exemplo, um carro familiar médio típico criará cerca de 24 toneladas de CO2 durante seu ciclo de vida, enquanto um veículo elétrico (EV) produzirá cerca de 18 toneladas ao longo de sua vida útil. A bateria do carro elétrico representa 46% das suas emissões de carbono. Para o carro convencional, apenas 26% de emissões durante a sua produção. 

Uma transição rápida de carros que usam combustível fóssil para elétricos pode ter uma consequência prejudicial. As emissões de carbono aumentarão no curto prazo. O veículo elétrico leva anos até fazer a compensação da emissão de gases de efeito estufa desde o início do seu uso. 

Um carro elétrico leva 8 anos para compensar as emissões de carbono da produção. Os carros maiores tipo SUV são os mais poluentes porque carregam um equipamento de bateria mais pesado.  

A solução é investir em tecnologia que diminua as emissões de carbono na fase da produção. É o caso da Toyota que anunciou usar energia solar na unidade de produção do modelo Auris e energia eólica na fábrica do Nissan Leaf. O problema é que isso leva tempo e as consequências do aquecimento global estão se intensificando. 

O compartilhamento no uso dos carros elétricos seria muito benéfico para o ambiente porque reduziria a quantidade de carros novos , com menos veículos em circulação. O objetivo não é vender mais carros elétricos, mas  reduzir as emissões de carbono e minimizar as mudanças climáticas. 

Fonte: INS, InternetWork for Sustainability 


terça-feira, 2 de julho de 2024

É possível prevenir os incêndios no Pantanal?

 


O Pantanal sofreu um incêndio devastador  em 2020 e agora o desastre se repete em 2024!

 De acordo com publicação no jornal o Eco /2022, o MapBiomas 2020 informa que houve uma redução de 1.3 mha nos últimos 36 anos. 

Entre 1985 e 1993 o alagamento durante 6 meses (dezembro a maio) e foi diminuindo até chegar aos 2 meses, com a seca de 2020. As secas severas esgotam o solo úmido e causam danos à vegetação.   

Como prevenir o desastre? Com gestão eficiente que integra o social, o cultural, o econômico e o ambiental. A sociedade precisa ter consciência do valor ambiental do ecossistema  e perceber o prejuízo que a devastação traz para a sociedade e sua cultura e para economia do pantanal. 

A rodovia Transpantaneira na modalidade Estrada-Parque é o principal acesso a inúmeras propriedades rurais, pousadas e unidades de conservação não possui um plano de manejo com ações voltadas para conservação, prevenção e combate os incêndios florestais. 

Uma das soluções propostas é criar  uma infraestrutura ao longo da Estrada Parque Transpantaneira, para garantir a disponibilidade de água em caso de incêndios, para combater o fogo e matar a sede dos animais silvestres.  

"Em locais estratégicos, ao longo da rodovia, e em pontos de beleza paisagística relevante, escavar 10 “corixos artificiais”, a exemplo da obra realizada no km 47, com pelo menos 2.000.000 de litros d’água e de forma perpendicular à Rodovia Transpantaneira. Estes seriam conectados a poços artesianos com bombas d’água para enchê-los durante o pico da seca."

O custo da obra estimado em 2020 seria de  de BRL 250 mil reais por conjunto com as bombas, o que é mais econômico do que os gastos criados com o transporte de água por longas distâncias, como aconteceu nos ultimos incêndios.  

O Pantanal é a maior área inundável do planeta e entre os meses de outubro e março, as chuvas no pantanal podem chegar a mais de 1.000 mm e sendo uma planície, os rios não conseguem escoar o excesso de água e acabam transbordando. O desafio é manter a água no Pantanal e impedir qualquer ação que comprometa o ecossistema. 

A mudança climática é uma realidade incontestável e devemos nos adaptar à situação para melhor lidar com suas consequências. 


sábado, 23 de março de 2024

O Mundo Está Pior ou Melhor em relação à Crise Energética ?

 

De acordo com o relatório 2023 da Agência Internacional de Energia, International Agency Energy - IEA, o  mundo poderia está melhor e as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio  representam pressões na crise energética global e nas mudanças do clima.

Desde a Revolução Industrial a temperatura média da superfície do planeta aumentou em 1,2%. Parece pouco, mas esta é a explicação para as ondas de calor extremo e outras mudanças climáticas. 

O setor da energia é a principal causa da poluição atmosférica que atinge 90% da população mundial! São 6 milhões de mortes prematuras por ano. Alguns países pioraram na direção do acesso à eletricidade e a cozinhar com energia limpa.

O investimento em energia limpa aumentou em 40% desde 2020. Há consciência de que é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas também os fatores econômicos também contribuem para trilhar este caminho. 

De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia - IEA , International Energy Agency, em 2020, um em cada 25 carros vendidos era elétrico; em 2023, este número representa agora um em cada cinco. Mais de 500 gigawatts (GW) de capacidade de produção de energias renováveis ​​deverão ser adicionados em 2023 – um novo recorde. Mais de mil milhões de dólares por dia estão a ser gastos na implantação da energia solar.  Afinal, o Sol nasce para todos e não é preciso depender de outro país para acessar o sol. 

A Agência Internacional de Energia conclui que "limitar o aquecimento global em 1,5% é muito difícil, mas o caminho permanece aberto". 

A crise energética global anuncia o fim do início da era dos combustíveis fósseis. A transição para as energias limpas impulsiona os investimentos e de acordo com o relatório  IEA  "é agora suficiente para que a procura global de carvão, petróleo e gás natural atinja um ponto alto antes de 2030. 

A quota do carvão, do petróleo e do gás natural no fornecimento global de energia – estagnada durante décadas em torno dos 80% – começa a diminuir e atinge 73% até 2030.  No entanto, se a procura por estes combustíveis fósseis permanecer num nível elevado, como tem sido o caso do carvão nos últimos anos, e como é o caso das projeções do Cenário Político Declarado,  State Policies Scenario para o petróleo e o gás, está longe de ser suficiente para alcançar os objetivos climáticos globais."

O principal objetivo climático global é não aumentar a temperatura do planeta além de 1,5%, o que significa que se não acabarmos com os combustíveis fósseis, eles certamente acabarão conosco. 


Fonte: IEA , World Energy Outlook 2023. 


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