De volta de uma viagem recente ao país, Rogers reconhece os problemas da poluição na China e lembra que em 12 dias de viagem, só houve um dia de céu azul. Conscientes do problema, os chineses estão trabalhando para remover e seqüestrar carbono das instalações de carvão, melhorando a eficiência enérgica e desenvolvendo alternativas de energia limpa.
“Eu fiquei impactado pela escala, tamanho e rapidez do desenvolvimento na China”, disse Rogers.
A usina hidroelétrica do rio Yangtsé que deve ficar pronta em 2009 vai ser a maior instalação de energia hidroelétrica do mundo, com 18.000 megawatt de capacidade. Segundo Rogers, a China estará mais cada vez mais consciente do problema ambiental.
O poder verde da China funcionou durante as olimpíadas e o diretor de Proteção Ambiental de Pequim declarou que algumas das medidas para diminuir a poluição continuarão depois dos jogos. Para melhorar a qualidade do ar na capital durante os jogos, 3 milhões de veículos foram retirados da rua, as fábricas na cidade e vizinhanças foram fechadas e a a construção dos projetos urbanos suspensa.
As autoridades em Pequim estão exigindo das empresas poluidoras soluções para o problema como pré-requisito para reiniciarem suas atividades depois dos Jogos. Se elas não conseguirem resolver o problema, deverão parar ou limitar a sua produção.
Há os que discordam desta visão e que acham que há muitas pedras no caminho e que a tecnologia limpa é muito cara para ser adotada em grande escala. Os líderes em Pequim colocaram a preocupação ambiental na agenda, mas os líderes locais com poder de decisão ainda não aderiram à política verde. Sua preocupação é com o crescimento econômico e certamente resistirão às medidas verdes porque as companhias dão emprego e pagam imposto e salários.
Achim Steiner, diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente faz parte dos que reconhecem os esforços feitos durante os jogos olímpicos. A China gastou cerca d US$ 18 bilhões para combater a poluição crônica e criar um ambiente mais limpo para as olimpíadas.
Segundo Steiner, “A China não começou a plantar árvores nas Olimpíadas. Começou há 20 anos e agora é um dos países na Ásia com maior crescimento de cobertura florestal. A China tem um dos piores problemas ambientais do mundo, mas está prestando mais atenção tanto à poluição quanto à degradação. Eles perceberam que a degradação do meio-ambiente afeta o desenvolvimento econômico.”
Fontes: Reuters, China View, Wall Street Journal
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