sexta-feira, 24 de novembro de 2017

ESPERANÇA: 7 MEGATENDÊNCIAS para combater o aquecimento global!


A luta contra o aquecimento global é também uma batalha contra o tempo. A iniciativa Missão 2020 adverte que o mundo tem apenas três anos para controlar as emissões de carbono e atingir a meta de zero emissões em 2050.

Sete megatendências são motivo para esperança e há uma mudança positiva acontecendo de forma exponencial.  

1. Carne feita de plantas

Um dos maiores problemas para o aquecimento global são as emissões de metano liberadas pela criação de gado. Substituir o consumo de carne é uma prioridade e isto está sendo possível com o investimento em produção de carne à base de plantas.

A tendência está crescendo especialmente nos EUA, com Bill Gates apoiando duas empresas de hamburger feito de plantas. Grandes companhias produtoras de carne e laticínios acumulam investimentos e aquisições, como o maior processador de carne dos EUA, Tyson e as gigantes multinacionais Danone e Nestlé. O Governo chinês investiu 300 milhões de dólares em empresas israelenses que fabricam carne de laboratório.

Leites à base de plantas como soja, amêndoa, aveia e outros já representam 10% do mercado dos EUA. As vendas dos substitutos da carne e laticínios subiram 8% e o só iogurte subiu 55%!

Esta tendência é complementada pela crescente tendência do vegetarianismo e veganismo. As pessoas estão simplesmente substituindo a carne por outros alimentos naturais com baixo impacto no ambiente.


2. Energia renovável: ganhando do tempo

A energia solar está cada vez mais barata e os preços já caíram 90% na última década. O custo da energia eólica também caiu. Cada vez mais, há pessoas escolhendo a eletricidade como opção de energia.

A China está liderando o crescimento da energia solar no mundo, com uma capacidade instalada de 101 , 82 gigawatts. A energia solar Brasil vai crescer mais de 300% neste ano e atingirá o patamar de 1.000 megawatts.

A Alemanha teve recentemente de energia eólica de graça para os seus clientes.
Nos Estados Unidos, houve um investimento de 30 bilhões em energia limpa, apesar do presidente Trump ter saído do Acordo de Paris.

3. Fim do carvão: morte anunciada.

A queda do mais imundo combustível surpreende os analistas.  Em 2013, a Agência Internacional de energia previa que o mercado de carvão ia crescer 40% até 2040 –hoje, apenas 1%!

Na China, o governo fechou usinas de carvão que deixam o céu cinzento e nos Estados Unidos houve falências e no Reino Unido, onde o carvão impulsionou a revolução industrial, o suprimento de energia caiu de 40% para 2%.

Para quê usar energia suja se podemos ter energia limpa?

4. Carros elétricos: cada vez mais.

A China toma a liderança e  está vendendo tantos carros elétricos a cada mês quanto a combinação da venda na Europa e Estados Unidos. A empresa Tesla está lançando um modelo de custo mais acessível, o Model 3 e nos últimos meses todas as maiores empresas de automóveis se comprometeram com um futuro elétrico, com a Volvo e a Jaguar Land Rover anunciando que terminarão e produção de 
carros movidos apenas a combustível fóssil dentro de 3 anos.

Países como a India e a França também estão anunciando proibição futura para carros movidos a combustível fóssil. As vendas de carros elétricos quadruplicaram nos últimos três anos, com uma previsão de 80% dos carros serem elétricos até 2030.

As grandes companhias de petróleo tem muito a perder com esta megatendência. Até navios estão experimentando a energia do vento e de baterias.  Pequenos aviões elétricos estão em projeto também.

5. Baterias: indispensáveis

As baterias estocam energia na ausência do sol e do vento e são indispensáveis nos carros elétricos. Os preços das baterias também estão em queda e as de litium-ion caíram 75% nos últimos seis anos. 
No Reino Unido uma rede inteligente de energia pode economizar 8 bilhões de libras por ano aos consumidores, além de baixar as emissões de carbono. 

6. Efficiency: negawatts over megawatts



A megatendência da energia renovável é reduzir a demanda com o aumento da eficiência. É uma tarefa para milhões de pessoas e na União Europeia já há resultados com um aumento da eficiência em cerca de 20% desde 2000. O impacto positivo para o ambiente é enorme e é possível economizar até 40% de energia com aparelhos elétricos mais eficientes.




7. As florestas: o valor da árvore.


O desmatamento é responsável por 10% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. A perda anual de árvores dobrou desde o ano 2.000.

Renovar as florestas e parar com o desmatamento não custa caro e tem efeitos benéficos rápidos. O setor precisa de investimentos, mas não está conseguindo o necessário. As florestas estão recebendo apenas 2% do financiamento climático global.

O Brasil e a Indonésia investiram 276 bilhões de dólares num modelo econômico que impulsiona o desmatamento: plantio de óleo de palmeira e soja, criação de gado e exploração da madeira, de acordo com Climate Focus.

Pesquisas revelam que um melhor manejo da terra poderia significar um terço no corte de todas as emissões de carbono necessárias ao mundo.
Um reflorestamento em larga escala é possível e alguns países já o fizeram com sucesso. O plantio de árvores na China, India e Coréia do Sul já removeu cerca de 12 bilhões de toneladas de carbono da atmosfera nos últimas duas décadas. As iniciativas foram impulsionadas pelo medo de enchentes e suprimento de alimentos. O aquecimento global tem que ser entendido como uma urgência a ser combatida.


O recado

Segundo especialista, estamos nos movendo na direção certa, mas não adianta buscar as energias renováveis e os carros elétricos. É necessário fechar a indústria de petróleo e combustíveis fósseis.

Fonte: The Guardian (8/11/17), Agência Brasil 

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