A luta contra o aquecimento global é também uma batalha contra o tempo. A iniciativa Missão 2020 adverte que o mundo tem apenas três anos para controlar as emissões de carbono e atingir a meta de zero emissões em 2050.
Sete megatendências são motivo para esperança e há uma
mudança positiva acontecendo de forma exponencial.
1. Carne feita de plantas
Um dos maiores problemas para o aquecimento global são as
emissões de metano liberadas pela criação de gado. Substituir o consumo de
carne é uma prioridade e isto está sendo possível com o investimento em
produção de carne à base de plantas.
A tendência está crescendo especialmente nos EUA, com Bill
Gates apoiando duas empresas de hamburger feito de plantas. Grandes companhias
produtoras de carne e laticínios acumulam investimentos e aquisições, como o
maior processador de carne dos EUA, Tyson e as gigantes multinacionais Danone e
Nestlé. O Governo chinês investiu 300 milhões de dólares em empresas israelenses
que fabricam carne de laboratório.
Leites à base de plantas como soja, amêndoa, aveia e outros
já representam 10% do mercado dos EUA. As vendas dos substitutos da carne e
laticínios subiram 8% e o só iogurte subiu 55%!
Esta tendência é complementada pela crescente tendência do
vegetarianismo e veganismo. As pessoas estão simplesmente substituindo a carne
por outros alimentos naturais com baixo impacto no ambiente.
2. Energia renovável:
ganhando do tempo
A energia solar está cada vez mais barata e os preços já
caíram 90% na última década. O custo da energia eólica também caiu. Cada vez
mais, há pessoas escolhendo a eletricidade como opção de energia.
A China está liderando o crescimento da energia solar no
mundo, com uma capacidade instalada de 101 , 82 gigawatts. A energia solar
Brasil vai crescer mais de 300% neste ano e atingirá o patamar de 1.000
megawatts.
A Alemanha teve recentemente de energia eólica de graça para
os seus clientes.
Nos Estados Unidos, houve um investimento de 30 bilhões em
energia limpa, apesar do presidente Trump ter saído do Acordo de Paris.
3. Fim do carvão: morte anunciada.
A queda do mais imundo combustível surpreende os
analistas. Em 2013, a Agência
Internacional de energia previa que o mercado de carvão ia crescer 40% até 2040
–hoje, apenas 1%!
Na China, o governo fechou usinas de carvão que deixam o céu
cinzento e nos Estados Unidos houve falências e no Reino Unido, onde o carvão
impulsionou a revolução industrial, o suprimento de energia caiu de 40% para
2%.
Para quê usar energia suja se podemos ter energia limpa?
4. Carros elétricos: cada vez mais.
A China toma a liderança e
está vendendo tantos carros elétricos a cada mês quanto a combinação da
venda na Europa e Estados Unidos. A empresa Tesla está lançando um modelo de
custo mais acessível, o Model 3 e nos últimos meses todas as maiores empresas
de automóveis se comprometeram com um futuro elétrico, com a Volvo e a Jaguar
Land Rover anunciando que terminarão e produção de
carros movidos apenas a
combustível fóssil dentro de 3 anos.
Países como a India e a França também estão anunciando
proibição futura para carros movidos a combustível fóssil. As vendas de carros
elétricos quadruplicaram nos últimos três anos, com uma previsão de 80% dos carros
serem elétricos até 2030.
As grandes companhias de
petróleo tem muito a perder com esta megatendência. Até navios estão
experimentando a energia do vento e de baterias. Pequenos aviões elétricos estão em projeto
também.
5. Baterias: indispensáveis
As baterias estocam energia na ausência do sol e do vento e são indispensáveis nos carros elétricos. Os preços das baterias também estão em queda e as de litium-ion caíram 75% nos últimos seis anos.
No Reino Unido uma rede inteligente de energia pode economizar 8 bilhões de libras por ano aos consumidores, além de baixar as emissões de carbono.
5. Baterias: indispensáveis
As baterias estocam energia na ausência do sol e do vento e são indispensáveis nos carros elétricos. Os preços das baterias também estão em queda e as de litium-ion caíram 75% nos últimos seis anos.
No Reino Unido uma rede inteligente de energia pode economizar 8 bilhões de libras por ano aos consumidores, além de baixar as emissões de carbono.
6. Efficiency:
negawatts over megawatts
A megatendência da energia
renovável é reduzir a demanda com o aumento da eficiência. É uma tarefa para
milhões de pessoas e na União Europeia já há resultados com um aumento da
eficiência em cerca de 20% desde 2000. O impacto positivo para o ambiente é
enorme e é possível economizar até 40% de energia com aparelhos elétricos mais
eficientes.
7. As florestas: o
valor da árvore.
O desmatamento é responsável por 10% das emissões mundiais de
gases de efeito estufa. A perda anual de árvores dobrou desde o ano 2.000.
Renovar as florestas e parar com o desmatamento não custa caro e
tem efeitos benéficos rápidos. O setor precisa de investimentos, mas não está
conseguindo o necessário. As florestas estão recebendo apenas 2% do
financiamento climático global.
O Brasil e a Indonésia investiram 276 bilhões de dólares num
modelo econômico que impulsiona o desmatamento: plantio de óleo de palmeira e soja,
criação de gado e exploração da madeira, de acordo com Climate Focus.
Pesquisas revelam que um melhor manejo da terra poderia
significar um terço no corte de todas as emissões de carbono necessárias ao
mundo.
Um reflorestamento em larga escala é possível e alguns países já
o fizeram com sucesso. O plantio de árvores na China, India e Coréia do Sul já
removeu cerca de 12 bilhões de toneladas de carbono da atmosfera nos últimas
duas décadas. As iniciativas foram impulsionadas pelo medo de enchentes e
suprimento de alimentos. O aquecimento global tem que ser entendido como uma
urgência a ser combatida.
O recado
Segundo especialista,
estamos nos movendo na direção certa, mas não adianta buscar as energias
renováveis e os carros elétricos. É necessário fechar a indústria de petróleo e
combustíveis fósseis.
Fonte: The Guardian (8/11/17), Agência Brasil
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