domingo, 7 de setembro de 2008

Nitrogênio, um câncer para o planeta.


A discussão sobre as mudanças climáticas colocou em foco o problema do dióxido de carbono: emissões de carbono, comércio de CO2, consumo de CO2. Outros elementos químicos também são problemáticos para a saúde do planeta, entre eles o nitrogênio.
O maior impacto do nitrogênio acontece pela sua presença nos fertilizantes. Um estudo recente publicado na revista Nature alerta para o perigo do uso excessivo de fertilizante numa plantação para produzir biodiesel. Isso traria mais problemas do que benefícios para o meio-ambiente.

Foto: autor desconhecido.
Depois do alerta, o nitrogênio trifluoride foi considerado como um dos gases do efeito estufa. Este elemento é utilizado na produção de semicondutores e cristais líquidos encontrados em muitos eletrônicos. Apesar de não constar como um dos seis gases denunciados pelo Acordo Internacional do Protocolo de Kyoto, o elemento é 17.000 vezes mais potente do que o dióxido de carbono.
O nitrogênio é parte de toda a matéria viva. Quando as plantas e animais morrem, o nitrogênio é absorvido pelo solo e nutre as plantas terrestres . Uma pesquisa sobre o aquecimento no Ártico mostra que à medida que a camada de gelo derreter, o solo vai liberar carbono e nitrogênio na atmosfera.
O excesso de nitrogênio pode se tornar um câncer pela presença de algas que criam "zonas mortas". Este processo é conhecido como eutrofisação, como aconteceu recentemente na China, no Rio Amarelo. Outros rios, como o Mississipi nos EUA também sofrem com esta ameaça.

O uso de fertilizantes é largamente ineficiente para a produção de carne. Apenas 6% do fertiizante usado para criar gado é aproveitado. O resto vai para o ar ou para ou mananciais de água. No caso do porco, apenas 12% é aproveitado e no caso do frango, 25%. As super colheitas não justificam o uso dos fertilizantes que competem com os gases do efeito estufa e o problema merce uma conscientização pública.

Para os ambientalistas, é ter que lidar com tudo ao mesmo tempo, sem desviar a atenção dos outros problemas igualmente importantes como o CO2 ou gás metano.

Fonte: N.Y.Times, 4/9/08

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