sábado, 24 de março de 2018

CHINA, A AGRIDOCE DA ENERGIA

Foto Reuters
Nenhum país gera uma avaliação tão agridoce em relação à energia renovável quanto a China. Do lado amargo, a China é o maior consumidor de carvão e o segundo maior de petróleo, depois da América, segundo a revista Economist. A China também produz mais dióxido de carbono do que qualquer outro país do mundo.

Do lado doce, a China é o líder mundial da Energia Limpa. Ao contrário dos Estados Unidos, a China adotou uma política de subsídios, objetivos e incentivos para a indústria para incentivar a energia limpa. Em 2017, a China investiu US$ 132 bilhões nas energias renováveis.

Segundo a International Energy Agency (IEA) Agência Internacional de Energia,  a China se destaca por:

·      1/3 da energia eólica do mundo.
·      1/4 da capacidade mundial solar.
·      6 dos dez maiores fabricantes de painéis solares.
·      4 dos dez maiores fabricantes de turbinas eólicas.
·      Vender mais veículos elétricos do que o resto do mundo combinado.

Segundo uma especialista chinesa declarou no documentário Catching the Sun, este esforço do país se deu em função do medo de faltar energia para uma população de 1.3 bilhão de pessoas.

Apesar dos avanços, a conquista pela energia renovável é ainda pequena e representa apenas 12% da combinação do mix total de energias. Os acordos do país com produtores de gás e petróleo do Oriente Médio e da Rússia para garantir energia para os próximos anos tem gosto amargo para os ecologistas e os cientistas que advertem sobre a ameaça das mudanças climáticas.

A China também se volta para a América para conseguir o gás natural liquefeito para  substituir o carvão que impacta as residências domésticas nos centros urbanos.

Amarga foi a decisão das autoridades chinesas de parar a maioria da exportação de metais raros em 2010, o que despertou medo do estrangulamento no suprimento dos minerais necessários à tecnologia da energia renovável.

Em compensação, a maior fabricante de painéis solares Jinko Solar aumentou 5 vezes sua produção de 2013 e já tem 10% da fatia do mercado global. Outro caso a favor da energia renovável é o caso da Envision que inventou turbinas eólicas que operam em baixa velocidade e podem ser instaladas próximas aos centros urbanos.

Fonte: Economist, adpatação PlanetAtivo. 

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