segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

De volta da Ásia

Estive viajando pela Ásia durante um mês e fiquei decepcionada com a perspectiva do futuro seu ambiental. Embora apresente uma vegetação exuberante que chega a parecer artificial em alguns locais, a poluição domina a região. O ar úmido e pesado e o céu quase que permanentemente nublado sinalizam a intensidade de problema.

O que impressiona é uma certa “alienação” sobre o problema ambiental. Todo mundo sabe que existe, mas não há efetivamente uma atitude pró meio-ambiente, ou mesmo um interesse pelo assunto. Em alguns lugares, com no Vietnã, a justificativa é que ainda não há condições de substituir as antigas usinas a carvão. Segundo um guia local, o país ainda é bem pobre e as pessoas tem que se conformar e se adaptar: todo mundo com máscaras.

Hoje, a notícia é de que “Cortes Asiáticas fracassam em fazer cumpir as leis ambientais” (Global Nation, 14/1/08). De acordo com advogados numa conferência patrocinada pela ONU, a corrupção e a falta de vontade política estão impedindo o cumprimento das leis que protegem o meio-ambiente na região Ásia-Pacífico. Mais de 85 juízes, advogados e representantes oficiais dos governos estão reunidos para discutir o assunto até quarta-feira.

Antonio Obosa, advogado ambiental nas Filipinas, disse que no seu país o equilíbrio se apóia no crescimento econômico e as autoridades buscam soluções baseadas no dinheiro. Segundo ele, nem 1% das 200 leis existentes foram implementadas. A maioria dos governos locais desconhece as leis.

A expectativa da ONU é justamente incentivar os esforços entre os juízes da região para melhorar a justiça ambiental e despertar a consciência sobre o papel do judiciário em proteger o meio-ambiente.

Esperamos que sim!

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