domingo, 30 de novembro de 2008

Aquecimento Global exige que os combustíveis fósseis permaneçam enterrados no subsolo para sempre


Uma pesquisa concluída por cientistas especializados em estudos climáticos afirma que o aquecimento global aquecerá a Terra ainda por milhares de anos. O resultado choca governos e cientistas, pois acreditava-se que as emissões de dióxido de carbono seriam eliminadas dentro de cem anos, com a produção de energia limpa.

A pesquisa chega no momento crucial do debate climático. Amanhã o Comitê Climático do Reino Unido estabelecerá metas para redução de 80% das emissões de gases até 2050. Ao mesmo tempo, os líderes mundiais estarão reunidos em Poznan na Polônia, para acordar um texto para um novo tratado mundial sobre as Mudanças Climáticas.

A nova pesquisa aumenta a pressão para que se tomem medidas radicais para evitar as emissões dos gases de efeito estufa e para que se encontre um modo de remover o excesso de dióxido de carbono já existente na atmosfera.
Segundo um dos principais pesquisadores, professor David Archer da Chicago University, a noção de que o oceano é capaz de absorver o dióxido de carbono lançado na atmosfera não é mais válida. As águas da superfície estão ficando saturadas com CO2, mais ácidas e com menor capacidade de absorção. Elas precisariam ser substituídas por águas frescos dos níveis profundos, o que levaria centenas de anos ou um milênio. Quanto maior o aquecimento global, maior a dificuldade de reabastecimento.

O professor James Hansen, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA e um dos mais referenciados cientistas diz que “diminuir as emissões do CO2 causadas pela queima de combustível fóssil não é solução. Alguns combustíveis devem ficar no subsolo para sempre, e o gás deve ser de fato removido do ar.”
O professor propõe a remoção do gás carbônico com o plantio de árvores que capturam o CO2 durante o seu crescimento e depois a sua queima para produzir eletricidade, capturando o gás antes de ir para atmosfera.

Fonte:Geoffrey Lean, Editor para o Meio-Ambiente do Independent. 30/11

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