sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Voando Limpo



A Nature Air , primeira linha aérea carbono-neutro foi também a primeira empresa do ramo a assinar ontem (20/11) um compromisso com a Rede de Neutralidade Climática, Climate Neutral Network (CN Net). A iniciativa é liderada pelo PNUMA, Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente no sentido de incentivar sociedades e economias com baixo uso de carbono.
A Nature Air opera em 17 destinos e mais de 60% dos seus passageiros são desembarcados nas proximidades de parques nacionais e locais de ecoturismo. A empresa tem crescido consistentemente e uma das razões do seu sucesso é atribuída ao compromisso ambiental.

Nações e cidades, empresas, ONGS e agências da ONU fazem parte da CN Net que estabeleceu objetivos ambiciosos de redução dos gases de efeito estufa. A organização(http://www.unep.org/climateneutral) se propõe a ajudar os interessados a cumprir com o seu compromisso:
· Publicando e atualizando nas páginas da web, os planos e as estratégias de parceiros para alcançar a neutralidade climática.
· Atuando como um “fórum” para navegação e aprendizado dos interessados em reduzir suas emissões.
· Reunindo participantes dos países em desenvolvimento e desenvolvidos num objetivo comum de desenvolvimento sustentável e apoio às Metas de Desenvolvimento do Milênio.
Desde 2004, a empresa compensa as suas emissões de carbono, com proteção à floresta tropical no sul da Costa Rica, onde está sediada. A empresa aperfeiçoou sua autonomia de combustível em 7% nos últimos três anos. A frota terrestre da empresa opera com biocombustível e está trabalhando junto com o governo de Costa Rica para se compartilhar seu conhecimento e experiência com outras companhias.

Elizabeth A. Ramos
Fonte UNEP
"Carbono Zero ou Carbono Neutro?" http://pordentrodomeioambiente.blogspot.com/2008/09/carbono-zero-ou-carbono-neutro_15.html.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Revolução da Energia

O diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka declarou que a crise financeira e econômica não pode adiar uma política urgente para garantir o fornecimento de energia segura e o corte das emissões de gases de efeito estufa. " O mundo tem que se engajar numa revolução global de energia, melhorando a eficiência energética e aumentando a disponibilidade de energia de baixo carbono (low-carbon energy)”.

A AIE lançou no último dia 12 o relatório Previsão Mundial da Energia 2008, World Energy Outlook (WEO) 2008. Nos cenários futuros descritos pelo relatório onde não há política governamental:

  • a demanda de energia primária crescerá 45% > com um decréscimo em relação a 2007 por causa de recessão mundial.
  • A demanda mundial de petróleo também crescerá menos.
  • a demanda de carvão crescerá mais do que qualquer outro combustível, sendo responsável por 1/3 do aumento no uso de energia.

  • As fontes de energia renovável vão ultrapassar o gás que se tornará a segunda maior fonte de eletricidade em 2010.
  • A China e a Índia serão responsáveis por metade do aumento da demanda até 2030. A maior demanda de energia fóssil está nos países fora da OECD ou países em desenvolvimento.
  • será necessário um investimento de 1 trilhão por ano para suprir a demanda de energia mundial.
  • o petróleo continuará a ser a principal fonte de energia ainda por muitos anos e não será barato.

De acordo com o diretor da IEA, o atual nível de demanda e consumo é insustentável do ponto de vista ambiental, econômico e social. Para ele a situação pode e deve ser alterada.

As emissões de gases de efeito estufa aumentariam de tal forma que poderiam provocar o aumento da temperatura global até 6º C!

Segundo Nobuo Tanaka, o atual nível de demanda e consumo é insustentável do ponto de vista ambiental, econômico e social. Para ele, a situação pode e deve ser alterada.

Para estabilizar as emissões dos gases e limitar o aumento de temperatura em 3º C, seria necessária uma expansão de 26% de fontes alternativas, com investimento no
valor de US 4.1 trilhão em infraestrutura e equipamento, para atender ao aumento da demanda por carros, utilitários e edifícios mais eficientes. A economia com a eficiência de energia seria de US 7 trilhões.
O relatório demonstra que o setor de energia tem um papel fundamental no combate às mudanças climáticas e fornece uma base sólida para a discussão de um novo acordo global pós Kyoto.

Elizabeth A. Ramos

Ver também:"O Problema das Mudanças Climáticas e a Contribuição do Brasil"

http://planetativopesquisa.blogspot.com/

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