quinta-feira, 3 de abril de 2008

Salvadoras do Clima (Climate Savers)

Boas notícias da WWF International 3/4
Até 2010, 15 grandes companhias internacionais terão diminuído suas emissões de carbono para 13 milhões de toneladas anuais – o equivalente a tirar mais de 3 milhões de carros da estrada a cada ano.

Chamadas de Climate Savers, essas companhias fizeram uma parceria com a WWF para reduzir os efeitos dos gases de efeito estufa voluntariamente. Elas incluem algumas das maiores e mais conhecidas no planeta, incluindo Hewlett-Packard, IBM, Johson&Johson, Nike, Nokia, and Sony.

Muitas das companhias estão no programa há vários anos e já excederam as metas audaciosas de emissão de redução que elas próprias se impuseram ao aderir ao programa. Em fevereiro, na reunião das Salvadoras do Clima, muitas das companhias assinaram uma declaração na qual se comprometem a continuar os cortes de emissões e promover estilos de vida com baixo consumo de carbono, com um corte de 50% nas emissões globais até 2050.

domingo, 30 de março de 2008

Poluição menos que zero

Mathew Wald do NY Times argumenta em seu artigo de 26.03.08 que se o mundo vai reduzir drasticamente a quantidade de dióxido de carbono jogada na atmosfera até a metade do século, então muitos negócios terão que se tornar carbono-neutros, com zero emissões de gases de efeito estufa. Mas alguns podem ir ainda mais além e se tornar carbono negativos. Pesquisadores nos laboratórios acadêmicos e industriais estão trabalhando em tecnologias para chegar a estes objetivos. O sucesso pode criar o mais avançado “negócio verde”, produzindo por exemplo combustível com emissões menos que zero. Para especialistas é só uma questão de tempo.

Kammen, diretor do Laboratório de Energia Renovável e Apropriada da Universidade da Califórnia, disse que as tecnologias com poluição menos zero serão essenciais. O mundo enfrenta a certeza de massivas emissões no futuro de instalações que já estão funcionando e acrescentou que as concentrações atmosféricas têm que ser estabilizadas. Para evitar as piores conseqüências, o Painel das Mudanças Climáticas (ONU) recomendou um corte de 80% nas emissões.

Para Vollsaeter, especialista em meio-ambiente e ex-gerente na Shell Internacional, o grande problema mesmo é remover o dióxido de carbono já acumulado na atmosfera. Muito investimento será necessário, mas as linhas gerais já estão traçadas.
Partindo do conceito de uma instalação que captura e armazena dióxido de carbono, as emissões seriam zero porque o carvão é transformado em gás e processado para produzir hidrogênio e dióxido de carbono. O hidrogênio, não poluidor seria queimado e o CO2 enterrado no solo.
No caso do combustível produzido por biomassa temos emissões negativas: a matéria prima para o combustível retira carbono da atmosfera enquanto cresce e a gaseificação e a estocagem retiram o carbono de circulação.

O secretário Schafer do Departamento de Agricultura dos EUA considera a estocagem de carbono como um novo plantio: “é um dos muitos modos da comunidade agrícola se tornar um ator viável no campo da energia renovável”. O método já tem até um nome agrichar: material vegetal ou resíduos agrícolas são cozidos a altas temperaturas sem oxigênio, o que produz um óleo que modificado quimicamente que pode ser usado como combustível de veículos.
Segundo Brown, diretor do Instituto de Bioeconomia em Iowa, num mundo focado no carvão, a parte mais importante seriam as sobras, ricas em minerais como potássio e fósforo. Quando devolvidas ao solo, ajudariam a reter a água e os nutrientes, o que incentiva o crescimento das plantas.

Várias são as propostas de emissões menos que zero, porque segundo Eisenberger, professor de ciências da Terra e meio-ambiente, “se queremos resolver o problema do aquecimento, o que não podemos fazer é ficar empatados.”

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