sábado, 24 de janeiro de 2009

Missão: Observar a Terra Respirar.


A missão se iniciou ontem (23/1) com a entrada em órbita do satélite japonês “Ibuki” (sopro) que faz parte do projeto Gosat. O satélite vai medir as emissões de CO2 e de metano, responsáveis por 80% do efeito estufa. 56.000 locais da Terra serão observados a cada três dias. Mais importante: será possível saber a quantidade de gás realmente absorvido pelas florestas e pelos oceanos e os métodos utilizados serão os mesmo para todas as zonas observadas.

Uma pesquisa divulgada pelo New England Journal of Medicine(22/1) revelou que a melhora de qualidade do ar nos EUA representa mais 21 semanas de vida para os americanos. A redução do CO2 e partículas liberadas pelos automóveis, motores diesel e energia a carvão é responsável por 15% dos 2 anos acrescentados na vida dos americanos. Os resultados mostram que houve de fato um ganho com os esforços de se melhorar a qualidade do ar.

Uma pesquisa anterior realizada pela Organização Mundial da Saúde estimou que 1.4 de todo o tipo de mortes no mundo são causados pela poluição do ar. O monitoramento do ar é uma tarefa imprescindível para a melhora da vida no planeta e o projeto Gosat é uma contribuição real para este objetivo. Os resultados das avaliações do satélite estarão disponíveis para pesquisa mundial e contribuirão para a elaboração de um regulamento que substituirá o Protocolo de Kyoto.


Fonte: Le Monde, World Environment News – Reuters.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Recomendação, Desconsideração e Conscientização


O Worldwatch Institute noticiou na terça dia 13/1 que as emissões de carbono devem cair para “zero” até 2050. Daí para frente, a contabilidade deve ser negativa: temos que absorver mais o carbono e lançar menos gases para atmosfera.

Esta recomendação é muito exigente e mesmo os defensores de uma política ambiental, como Obama, terão dificuldade em cumpri-la. De acordo com o Worldwatch, os países ricos devem ter a maior responsabilidade, reduzindo as suas emissões em até 90% até 2050 e permitir o crescimento das nações em desenvolvimento.

E a China, com o segundo maior BIP do planeta? Desde o ano passado, o país ultrapassou os EUA e passou a ser o maior emissor de dióxido de carbono no mundo. A crescente demanda por carvão para gerar eletricidade e o crescimento da produção de cimento foram os principais responsáveis pelo aumento das emissões.

O China Daily publicou a matéria Green never the price (17/1), lembrando que “em tempos de recessão global, é imperativo tomar cuidado ao lançar projetos para manter a economia funcionando, embora com prejuízo do meio-ambiente.

O projeto PX de produção de paraxylene, usado na produção de fibra de garrafas plásticas, foi retomado na cidade de Zhangzhou depois de ter sido suspenso em Xiamen. A iniciativa põe em dúvida se a proteção ambiental está sendo preterida em função da estabilização do crescimento econômico.

Desde que o pacote de estímulo à economia foi anunciado em Novembro, 153 avaliações ambientais foram aprovadas com um total de investimento de 470 bilhões de yuan, inclusive projetos poluidores e com uso intensivo de energia.

Enquanto os governos enfrentam o desafio crescimento X preservação ambiental, as pessoas se conscientizam e começam a mudar. Um artigo do britânico Independent fala das “sementes da mudança”. Os gramados ingleses estão se transformam em hortas, onde se plantam vegetais e árvores frutíferas. As lojas que vendem sementes não dão conta das encomenda e a crise atingiu os paisagistas. Além disso, há uma nova demanda: todo mundo quer um espaço para plantar ...

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