sexta-feira, 14 de novembro de 2008

2009 Ano Internacional das Fibras

Para a FAO, Food and Agriculture Organization, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, 2009 será o Ano Internacional das Fibras.

As fibras naturais podem ser de animais (ovelhas,cabras etc) ou plantas (folhas, sementes) e podem ser transformadas em um novelo para produzir tecidos que são usados nas roupas e nos estofados.

As fibras das plantas são fontes naturais de recursos renováveis que não degradam e não poluem o meio-ambiente. No Nepal a fibra da banana é refinada e processada em diversas cores. Apenas as camadas externas da bananeira são colhidas e depois extrai-se o material fibroso que vai ser secado para produzir novelos de fibra. Mais uma atividade que contribui para o desenvolvimento sustentável.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quanto vale um ecossistema?

Este é um dos assuntos discutidos na reunião do UNEP desta semana na Malásia. Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente (PNUMA) já reconheceu que enfrentamos um sério desafio em relação aos recursos naturais mundiais. O PIB mundial dobrou no último quarto de século, mas isto representou uma degradação ou uso não sustentável de 60% dos ecossistemas terrestres.

Em contraste, o valor dos serviços gerados por 100.000 áreas protegidas é estimado em 5 trilhões anuais – de acordo com o relatório de Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade.

A comunidade internacional tem reagido ao problema com tratados internacionais como a Convenção para Diversidade Biológica, mas difícil é conter o avanço da degradação. Achim Steiner declarou: “Há uma clara oposição entre a realidade em termos científicos e a economia. A atual resposta global falha em fazer uma diferença sustentada e transformadora.”

Em Uganda, por exemplo, o governo de Museveni entra em conflito com o orgão ambiental do país (NEMA) que quer conter a política agressiva de industrialização. Os ugandenses rejeitaram a concessão de parte de uma floresta tropical para um grande produtor de cana de açúcar. O investimento proposto iria desencadear uma série de conseqüências calamitosas para os ecossistemas vizinhos.

A destruição de parques nacionais para fornecer terras para o plantio só agravará o problema de recursos naturais. Em seus relatórios, a ONU publicou alguns dados preocupantes.

· A superexploração da pesca já acontecia há 20 anos atrás e agora aumentou em 40%.
· Na América Latina e Caribe a desertificação por desflorestamento afeta ¼ da região.
· A absoluta escassez de água atingirá 2 bilhões de pessoas em 2025.
· No Caribe, mais de 60% dos bancos de corais estão ameaçados pela poluição, pesca demasiada e acúmulo de sedimentos.
· O combate às espécies invasivas custa 40 milhões de dólares por ano.
· O valor dos bancos de corais é estimado entre US 100.000 e US 600.000 por km2. Na Indonésia, os corais valem aproximadamente US 1 milhão por km2, tomando-se por base o custo de manter praias com areia.
· O jornal Science estima que o valor econômico da polinização pelos insetos como abelhas e morcegos é de US 90 bilhões anuais.
· A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, The Millennium Ecosystem Assessment (MA) estima que um mangue intacto no Canadá vale US 6.000 por hectare em comparação com US 2.000 por hectare para uma área para agricultura intensiva.

Conclui-se que um ecossistema vale muito mais do que a exploração dos seus recursos. O valor da madeira e do carvão retirado de uma floresta é três vezes menor do que o seu valor como elemento de proteção aos recursos hídricos, recreação e absorção de gases de efeito estufa.

Elizabeth A. Ramos
Fontes: Unep, Monitor (Uganda).

O que é um ecossistema? http://pordentrodomeioambiente.blogspot.com/

domingo, 9 de novembro de 2008

Novo Conceito Ecológico para Lojas

Dentro de um novo conceito ecológico que se impõe no mercado dos EUA, as lojas de varejo começam a fazer mudanças. Na Wal-Mart, rodapés e molduras são feitos de sobras de plástico para fabricação de fraldas.
Segundo Andrew Martin do N.Y. Times (8/11), acontece uma
corrida entre as lojas e restaurantes
“fast-food” para construir ambientes ecológicos, como um modo de conquistar consumidores e também baixar os custos operacionais. No momento, a busca é de protótipos, mas a iniciativa pode se tornar uma tendência que vai mudar milhares de lojas.

Recentemente, o MacDonald’s inaugurou em Chicago um restaurante renovado com equipamentos para economizar energia, pavimento que filtra a água da chuva e mesas e cadeiras feitas de material reciclável e até mesmo um jardim no teto. A idéia é aplicar as idéias bem sucedidas de Chicago entre outras lojas da rede.
Mais importante ainda para as companhias é reduzir os seus custos operacionais que consomem grande quantidade de energia e água para seus fornos, aquecedores, sistemas de refrigeração, pias e toiletes.
Na verdade, já existe uma consciência de que esta é a melhor maneira de se administrar um negócio mesmos que os consumidores ainda não estejam seduzidos por esta idéia. A rede Subway já abriu sua “ecoloja” na Florida e pretende abrir outras.
Estas iniciativas mostram que o país com a maior pegada ecológica do mundo está começando a assumir a sua responsabilidade pelos danos causados.
Foto: BethRooney for The New York Times
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